Velejei até a Ilha de Man e voltei. Sozinho…

Essa é a história do meu desafio pessoal mais corajoso. Era meu aniversário de 31 anos e eu decidi encarar um desafio no mar como presente (sim, eu me amo), então eu atravessei o mar Irlandês mais uma vez até a Ilha de Man, mas sozinho dessa vez. Eu estava receoso, foi mais assustador do que eu imaginei. O tempo não estava tão ruim quanto a “Besta do Leste 2.0” atingiu a Irlanda durante meu curso de capitão em Março com ondas de 4 metros, mas eu não era o capitão no comando do barco naquele dia e também não estava sozinho. Dessa vez era somente Neverland e eu e o bagulho ficou loko foi tenso!

“Mar calmo nunca fez bom marinheiro…”

Dia 1 – A Travessia

27 de Setembro de 2018. 4:30 da manhã e meu alarme dispara. Ainda era noite quando eu acordei com um sentimento desconfortável de “Mas que merda é essa que tô fazendo?”. Mas assim como todas as outras vezes que senti medo, eu me agarrei a ele eu fui com medo mesmo! “Eu consigo…”

A previsão do tempo era metade boa (15 nós pra baixo constante) e metade agitado (28 nós pra cima em rajadas). Tempo razoável praquele mês do ano no Mar Irlandês. O dia seguinte era ainda pior então tinha que ser aquele dia mesmo. Vale mencionar que eu tinha a ‘benção’ do meu instrutor:

Eu: “Opa, tô indo essa quinta pra Ilha de Man. Sozinho haha algum conselho?”
Instrutor: “Sempre preso ao barco! Não desconecte a linha de segurança nem por um segundo… divirta-se! Parece uma boa aventura!”

Aquilo me deu bastante confiança.

5:00 da madruga luzes de navegação ligadas, radio, AIS, plotter, motor, soltei os cabos e saí da marina de Dun Laoghaire noite a dentro. Primeiro desafio era atravesssar o canal do Porto de Dublin. Não estava tão movimentado naquela hora mas mesmo assim tive que calcular a passagem entre cargueiros e balsas 20 vezes maior que meu barco. O AIS (transponder de localização de embarcações) ajuda bastante! Depois disso era só velejar em linha reta por 12 horas. Molezinha… se tudo tivesse ocorrido como eu planejei.

Algumas horas velejando num curso nordeste, vento entre oeste e  sudoeste, lua no ombro e umas cores começam a surgir no horizonte. A parte boa de velejar, o nascer do sol no mar é lindo.

Parte boa de velejar…

3 horas mar a dentro e tomei meu primeiro susto. Estava sentado pilotando, tomando um café de boa, quando uma armadilha de lagosta passou bem perto do barco e eu achei que estivesse arrastando. Meu coração veio na boca. “F*deu, essa merda vai agarrar na hélice.” Coloquei em ponto morto por um segundo e a armadilha ficou pra trás. Que alívio. Injeção de adrenalina. Fiquei pilhado por uma meia hora.

Daí o vento começa a aumentar, e também as ondas.

As ondas vindo de trás fazem do barco uma gangorra e têm-se que compensar bastante no timão pra manter o curso.

Curiosidade: o nome original do barco era Seasaw (duplo sentido de gangorra e mar)… Que Netuno me perdoe por trocar de nome porque Neverland é bem melhor vai.

Mar de almirante…

Uma rajada forte de vento bate, o barco aderna um pouco mais e a genoa (vela frontal) começa a se agitar, ligo o piloto automático e começo a enrolar rápido. O barco faz um jibe acidental (vela atravessa pro outro lado), o café cai do suporte e suja o cockpit inteiro. Termino de enrolar a vela, de volta ao timão, piloto automático desligado, motor ligado e calmamente faço um jibe de volta ao curso.

Pausa dramática. Meu piloto automático não segurava o curso…

Ainda consigo sentir a injeção de adrenalina enquanto escrevo. Meu plano era tão ‘certo’, ligar o piloto automático quando eu estivesse cansado e relaxar. Mas planejamento e velejo são inimigos e eu sabia, não eu não sabia, não meu piloto automático, não sozinho. P*ta que *****. (xinguei pra c***lho essa viagem)

Analisando a situação:
To sozinho no meio do mar eu mal vejo terra atrás de mim (mas o barco continua flutuando de boa), meu piloto automático não mantém curso (continuo pilotando), tem café por toda parte no cockpit e está escorregadio (vou ter que limpar isso de alguma forma), a caneca térmica e a tampa estão rolando no chão (pega e joga na pia lá de fora de qualquer jeito), cadê minha garrafa de água de 2 litros? (sumiu… mil desculpas, oceano. De verdade =/), a vela principal já estava risada pela metade (vou precisar risar mais ainda depois). Respira fundo. Tá tudo certo.

Tomando decisão:
Velejar de volta por 5 horas ou continuar pilotando na mão o resto da viagem por mais 7 horas…?
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Já sabe a resposta né?

Não era nem metade do caminho a essa altura e o plano era ir de voltar! Confesso que sou um cara teimoso e quando eu quero alguma coisa, eu não quero mais nada além daquilo. Então eu segurei a onda, lavei o café do chão com a ducha do deck e continuei indo. Sim, eu tive que pilotar na mão por 13 horas nesse dia.

Dali pra frente eu tive que ter umas considerações porque meu piloto automático não era confiável e eu nao podia deixar o timão por mais de 30 segundos, então:

  • Motor e vela o tempo inteiro.
  • Não subir de volta a vela principal. Pela previsão eu iria precisar diminuir ela mais pra frente.
  • Genoa parcialmente aberta.
  • Sem banheiro. Essa parte precisa de mais detalhes. Eu estava usando um macacão até o ombro, uma jaqueta por cima, um colete por cima e preso ao barco pela linha de segurança. Você não tem ideia da dificuldade que foi alcançar, colocar pra fora e fazer o negócio pra trás do barco pilotando sem cair enquanto o barco subia e descia e ia pra um lado e pro outro. Fica aí na imaginação. Ainda bem que não deu vontade do número 2.
  • Relaxar que estava tudo de boa.

Eu já tinha uns sanduíches prontos na geladeira e também um monte de biscoito e chocolate, daí eu tinha que calcular o tempo entre as ondas, ligar o piloto automático, colocar o pé dentro do barco, soltar a linha de segurança, pegar comida (água, olhar o AIS, carregar o celular), plugar a linha de segurança novamente e correr pro timão em 30 segundos (ô loko meu!) pra corrigir o curso que já não era o mesmo. Fiz isso umas seis ou sete vezes durante a travessia.

Bom, nessa segunda parte da travessia as ondas de até 2 metros ainda incomodavam um pouco mas o sol estava firme sem nuvens e o vento não estava muito forte. Então na metade da travessia eu tive meu almoço e uma cerveja pra comemorar e dar uma levantada na moral. Estava tão bom quanto o nascer do dia mais cedo, mas não por muito tempo. Eu também passei perto de um barco pesqueiro no meio do nada e a gente deu um tchau um pro outro. Me senti um pouco menos sozinho naquela hora.

Mais algumas horas de mar e terra à vista!

Mal dava pra ver Calf of Man entre as nuvens mas já era hora. Eu estava ficando preocupado na verdade, pelos meus cálculos era pra estar visível uma hora atrás mas estava nublado. Meu celular já tinha sinal a essa altura e eu liguei pro capitão do porto de St Mary (Neil Collister. Cara super gente boa que me ajudou bastante por lá) pra avisar que eu chegaria por volta das 7 da noite e pra pedir mais instruções sobre onde deixar o barco (voltarei a esse ponto em breve).

O noroeste bateu e bateu forte! Barco adernando e velas agitadas, eu tinha que enrolar a genoa de novo e risar a vela principal. Proa pra cima do vento, piloto automatico ligado, enrolei a genoa correndo e verifiquei de volta o piloto automático. O curso estava estável com o vento de frente. A vela principal extremamente agitada, o barco batendo forte nas ondas, vento assoviando alto, adriça frontal batendo no mastro sem parar. A sinfonia dos infernos. Mas o piloto automático estava mantendo curso com o vento de frente. Quase dava pra me ver sorrindo nessa hora, até a corda que mantém a vela principal na menor configuração ficar agarrada em algum lugar perto do mastro. Fudeu! (sem asterísco)

O vento estava acima de 30 nós (~55 km/h), o barco subindo e batendo nas ondas e meu piloto automático, bem, eu tinha que torcer pra ele continuar segurando o curso. Essa foi a parte mais perigosa da viagem. Eu tinha que andar até o mastro e mesmo preso pela linha de segurança, qualquer vacilo ou azar e eu podia ficar pendurado pra fora do barco arrastando na água, esperançosamente consciente pra escalar de volta. Soa dramático eu sei. Nada de ruim aconteceu, a corda estava presa onde entrava na retranca, eu consertei, voltei, terminei de risar a vela e barco de volta ao curso.

Respira fundo. Relaxa, está meio agitado mas só faltam 3 horas.

Sente a brisa…

Passei do Calf of Man e o canal entre a parte principal da ilha e cheguei num paredão protegido do vento chamado Spanish Head. Desci a vela principal com segurança e fui de motor até Port St Mary.

Quando eu cheguei em Port St Mary já era maré baixa e a parede do cais onde eu supostamente deveria amarrar o barco tinha 20 metros de altura. Eu deveria me aproximar do paredão com 20 nós de vento me jogando pra cima, prender o barco temporariamente na escada, pegar dois cabos de mais de 20 metros, subir a escada e amarrar o barco lá em cima. Cansado e sozinho. Sem condições… Achei um lugar entre as poitas e barcos e joguei a âncora pra passar a noite. Ainda ha tempo pro pôr do sol…

Pôr do sol da janela

Orgulhoso de ter atravessado sozinho, hora de aproveitar o pôr do sol, dois burgão caprichados, uma garrafa de prosecco e minha própria compania. Só alegria.

Dia 2 – Hora de explorar a ilha

Bom dia Port St Mary!

O plano pro dia era tomar café a bordo, encher o bote, remar até o cais, tomar banho e ir passear. Fiz minha mochila, pulei no bote e remei até o paredão.

Neil me viu remando até o cais e gentilmente deixou que eu amarrasse meu bote no barco dele ao invés de ter que arrastar rampa acima seguro da maré que naquela época subia até 5 metros.

Tomei meu banho, peguei umas dicas sobre a Ilha, saí andando tirando foto como um turísta clássico, fui pra Port Erin, tomei um café e esperei o próximo trem pra Douglas. O Trem a vapor é uma atração por si só e visita obrigatória na Ilha de Man.

Trem a vapor @ Port Erin

Peguei uma cabine inteira só pra mim e tanto o passeio quanto a vista e as estações são sensacionais.

Que trip… Que dia…

Não esqueça de verificar as datas, o trem não funciona o ano inteiro. O ticket custou 12£ ida e volta.

Douglas é a capital e também a maior cidade da Ilha de Man. Ela é cheia de atrações incluindo o Manx Museum (Manx, lê-se mænks, é uma referência as pessoas Celtas orgidinadas na Ilha. E também gatos sem rabo – Manx cats). O museu é gratuito, o que me surpreendeu e senti que deveria deixar umas moedas na caixinha de contribuições. Ele apresenta 10.000 anos de história da Ilha e seu passado Viking e Celta. É parada obrigatória. Também andei pela marina e baía de Douglas tirando fotos. Procurei um pub pra comer alguma coisa (e tomar uma obviamente) e descobri que nenhuma cozinha funcionava depois das 3 da tarde. Tive que almoçar cerveja e salgadinho de batata. Coisa fina. Esperei o último trem e fui de volta pra Port St Mary.

Baía de Douglas

Dia 3 – Feliz Aniversário e o circuito inteiro da TT Race numa clássica Triumph Street Twin 900cc

Pra quem não sabe, a Ilha de Man é internacionalmente famosa por corridas de moto e tem a fama de “capital mundial de corrida de rua”. O evento mais famoso é o Tourist Trophy Race ou apenas “TT Race”. O evento que pode ser classificado como controverso visto que todo ano morre ao menos um piloto! 2018 foram 3. Surreal eu sei. Mas como um bom amante de motociclismo eu tinha que dar uma volta então eu fui ao Jason Griffiths Motorcycles e aluguei uma Triumph Street Twin 900 cilindradas (nervosa a motoca). O preço foi bem salgado: 200£ a diária + 1500£ de depósito (~8 mil reais numa facada só no cartão. Devolvem os ~7 mil na volta). Mas era meu aniversário e eu merecia queria muito. Já disse que me amo =)

Triumph Street Twin 900cc. Bike mais nervosa que já pilotei.

Fica a dica: NÃO vá lá no dia 29 de setembro. O cara que trabalha lá faz aniversário no dia 30 e, já que ele NÃO trabalha no aniversário dele, você vai ter que devolver a moto no mesmo dia e ainda assim pagar o preço inteiro. Ele vai te emprestar os equipamentos de graça pelo menos. 

Eu queria fazer o circuito inteiro, daí me deram um mapa e instruções. Foi inacreditável pilotar por aquelas estradinhas e ruas sabendo que correm ali a mais de 300km por hora sem proteção nas curvas nem nada. No final de cada reta tinha ou casa de alguém ou um bar ou uma igreja ou um penhasco. Eles também dirigem do lado esquerdo da pista mas eu já estava acostumado por morar na Irlanda já a alguns anos. Teve algumas partes com trânsito lento devido a tratores se deslocando entre fazendas. Por outro lado não existe limite de velocidade em alguns pontos! Fica aí subentendido que eu estava a no máximo 80km/h o tempo inteiro 😉 Beijo mãe!

No meio do circuito, uma parada rápida na Grande Laxey Wheel, a maior roda d’água ainda em funcionamento do mundo construída em 1854 para bombear a água do complexo industrial das Minas de Laxey. A mina extraia chumbo, cobre, prata e zinco antes de ser fechada em 1929. A entrada ao local custava 8£. A roda d’água era sensacional, confere só.


Já a mina nem tanto… Eles te dão um capacete pra entrar e dá pra ir até o final e voltar em menos de 1 minuto. O complexo também possui trilhas, mas eu não tinha muito tempo pra ficar por lá.

Terminei o circuito, devolvi a moto sem nenhum arranhão, peguei meus 1500£ de volta e peguei um ônibus de volta pra Port St Mary.

Fui direto pro Albert Hotel pub, um lugar com 5 estrelas de avaliação “Ótimo pub local” e também com 1 estrela de avaliação “Horrível” (os dois provavelmente escritos por gente criada a leite com pêra e ovomaltino na geladeira), pra tomar umas e assistir Chelsea x Liverpool. Aparentemente todo mundo na ilha torce pro Liverpool e você tinha que ver a felicidade dos caras quando Daniel Sturridge empatou o jogo aos 45 do segundo tempo. Tinha um cara pulando nas costas dum amigo.

Depois do jogo e algumas cervejas era hora de voltar pro barco. Eu não podia beber muito no pub porque eu precisava descer a escada do cais e ainda remar até o barco. Não aconselhável fazer isso bêbado e sozinho. Que bom que eu tinha mais cerveja no barco. Por sinal, cerveja é o que NUNCA falta no barco. (Mas pode trazer mais se quiser fazer uma visita)

Dia 4 – Dia de folga

Fui dar uma caminhada rápida pela cidade pra suar o álcool e a ressaca, comprei umas besteiras pra viagem de volta, paguei a conta do pier, tchau e obrigado ao Neil. De volta pro barco, bote no baú, últimas checagens e preparações pra travessia, post no Instagram, janta, vinho, alarme e boa noite!

Dia 5 – Atravessando de volta com golfinhos

5 da madruga e o alarme me acorda. Café da manhã rápido, luzes, instrumentos, checagens finais, motor ligado e desprendo o cabo da poita.

Minha estratégia de volta era basicamente a mesma: motor ligado e vela principal risada e sempre de olho na genoa quando batesse vento forte. E lá fui eu de volta noite a dentro balançando com as ondas e golfinhos!

Já havia amanhecido quando eu vi uns golfinhos nariz de garrafa em volta do barco. Tinham uns 6 ou 8 eu peguei o celular correndo pra filmar. Não havia forma melhor de começar o dia.

Os golfinhos foram o ponto mais alto da volta que foi um saco e meu piloto automático ainda não conseguia manter o curso com as ondas vindo do meio pra trás do barco, então eu me mantive pilotando e comendo besteira e tomei umas duas cervejas pra passar o tempo.

10 horas de tédio pilotando sozinho e o vento vira de cara pra onde eu estava indo, mais cedo que o previsto. Então o que era pra durar umas 2 horas em linha reta se transformou em 3 e meia fazendo zigzag. Eu estava extramamente cansado a essa altura e precisando sériamente descansar. Liguei o piloto automático com fé e ele segurou a barra em orça fechada (45 graus do vento) com as ondas do meio pra frente do barco. Desci, peguei um travesseiro, voltei pro cockpit e deitei pra descansar. Por umas 2 horas eu levantava a cada 10 minutos e dava uma olhada completa em volta. Eu estava destruído.

zig zag

Já anoitecendo, assim que eu entrava na marina de Dun Laoghaire o vento aumentou pra força 6. Desci a vela, pilotei pra minha vaga e bati o barco no deck da marina (gentilmente haha). Pulei correndo e prendi o barco do jeito que dava. Olhei o casco e o deck e nem tinha amassado nada. Terminei de arrumar o barco, corri pra tomar uma ducha quente, roupa limpa, fui andando igual a um zumbi até o Forty Foot, pedi minha cerveja favorita e o maior hamburguer do menu: The Empire State. Levei 10 minutos pra terminar o que parecia ter sido a melhor janta da minha vida. Me arrastei de volta pra marina num vento que já atingia força 7 a 8 (quase 70km/h)! Aquilo foi só uma hora depois de eu ter chegado eu fiquei imaginando como seria se eu ainda estivesse velejando naquelas condições cansado com eu estava. Eu estava tão aliviado a essa altura e tudo que eu queria era dormir. Ao mesmo tempo eu me sentia meio que com sorte e aquilo me incomodou bastante. Sorte não faz parte de plano nenhum meu e aquilo tirou um pouco do meu orgulho. De qualquer forma tinha terminado, completei a travessia e estava tudo certo. Eu precisava dormir e eu capotei na cama como um sentimento desconfortável de “Eu realmente tenho que ir pro trabalho amanhã?” “Eu consigo…”

Resumo: 5 dias, 27+ horas velejando sozinho em vento forte, 40 litros de diesel, 6 passeios de bote, 3 hamburguers, um monte de susto, problemas com o piloto automático, um trem a vapor, um trem elétrico, um trem a cavalo (sim, você leu certo), um moto classica 900cc, o circuito inteiro da TT race, uma roda d’água gigante, uma mina, gatos sem rabo, a boa e velha cerveja de sempre, uma partida de futebol e velejar com golfinhos. Obrigado Ilha de Man por mais uma grande aventura.